A participação social na educação: o papel dos conselhos escolares.
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: o papel dos Conselhos Escolares.
Iágrici Maria de Lima Maranhão – UFPE – PMJG[1]
Jaysa Renné de Sousa Ribeiro - UFPE[2]
Luciana Rosa Marques - UFPE[3]
INTRODUÇÃO Bordenave (1994, pg. 16), afirma que a participação é o meio natural para o homem manifestar sua disposição inata de realizar, fazer coisas, afirmar-se a si mesmo, dominar a natureza e o mundo, abarcando ainda a satisfação de outras necessidades relevantes, tais como a interação com outras pessoas, a oportunidade de se expressar, o desenvolvimento do pensamento reflexivo, o prazer de criar e recriar coisas e a valorização de si mesmo pelos outros. Através da afirmação do autor, entendemos que a conceituação de participação, confunde-se com a própria história da sociedade e do homem, percebendo que ao envolver-se nas demandas de um grupo, o sujeito constrói-se através da sua ligação com o grupo e com o processo de desenvolvimento do panorama social. Mediante essa colocação, podemos apontar dois mecanismos de participação básicos, uma participação de base afetiva e uma participação de base instrumental. A participação de base afetiva pode ocorrer quando o sujeito sente o prazer em unir-se a um grupo sem que perceba que essa sua ligação pressuponha a existência da base instrumentalista, que ocorre à medida que o sujeito percebe a eficácia de uma ação em conjunto e em comparação a uma ação individual (GOHN, 2003). Compreender a questão da participação esteja ela vinculada ou não à educação, leva-nos à necessidade de uma definição sobre a mesma. Entretanto, estipular uma definição para a participação nos remete a diversos momentos históricos de diferentes significados, o que nos leva a ter distintas conceituações voltadas à palavra e ao mecanismo participação. De acordo com Bordenave (1994, pg. 22) a palavra