A metamorfose Resenha

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

ARTHUR GABRIEL FRAZÃO BEZERRA ALVES

RESENHA DO LIVRO “A METAMORFORE”, DE FRANZ KAFKA, APRESENTADO A DICIPLINA DE HISTÓRIA DA CULTURA MINISTRADA PELA PROFESSORA LEILANE ASSUNÇÃO.

NATAL/RN
2014
“A metamorfose” é um livro escrito por Franz Kafka em 1912, entretanto, foi impresso apenas em 1915 por uma revista alemã chamada Die Weissen Blätter, no contexto da Belle Époque européia, antecedendo a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). No Brasil, foi publicado apenas em 1956, pela Editora Civilização Brasileira.
O livro é divido em três partes, sendo narrado por um narrador onisciente a partir da perspectiva do personagem principal. Na primeira delas, acompanhamos Gregor Samsa recém metamorfoseado, e observamos a maneira como ele é recebido pela sua família com sua nova aparência. No segundo momento, observa-se o cotidiano de Gregor, isolado e rejeitado. Na terceira parte, assistimos ao fim do protagonista, fraco e abalado psicologicamente. O diálogo entre o narrador e Gregor permanece até o momento de sua morte, quando o narrador se despede do protagonista e passa o foco para sua família.
O autor mescla sátira com tragédia ao longo da obra. Logo na primeira frase, o leitor já percebe o teor contido na narrativa: “Uma manhã, ao despertar de sonhos inquietos, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto” (KAFKA, 2001, p. 11). O narrador toma a metamorfose como algo insignificante, apenas descrevendo-a como o novo corpo de Gregor. Já o protagonista, estranha a sua nova forma, mas logo deseja retomar a sua vida de caixeiro-viajante, como se apenas tivesse contraído uma gripe. Ambos não demonstram preocupação com as causas da metamorfose, deixando implícito para o leitor esta informação.
Se analisarmos a história, podemos conjecturar que a metamorfose representa uma metáfora do estado psicológico de Gregor. Ele tomou