A contabilidade como ferramenta de gestão financeira no terceiro setor
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1. INTRODUÇÃO
As organizações de Interesse Social se fortaleceram nos anos seguintes pós-ditadura-militar, com a redemocratização do Estado Brasileiro, principalmente com o advento da nova carta magna de 1988.
Em meados da década de 80 surgiram fortes movimentos sociais buscando uma forma de organizar a sociedade civil a fim de minimizar as mazelas sociais deixadas pelos anos de exceção da ditadura militar, tais como: alto índice de analfabetismo, discriminação racial, pobreza extrema, etc. Já na década de 90 um importante movimento social de cunho internacional, o ECO-92 (Fórum Internacional para discussão do meio ambiente, ocorrido no Rio de Janeiro) que reuniu Chefes de Estado de varias Nações, torna a discussão desse tema uma responsabilidade de todos: população e governo.
O termo ONG se dissemina no país aplicando-se as organizações da sociedade civil, que desempenham um papel de promover o bem estar social entre as populações, papel este que deveria ser de responsabilidade dos Governos, constituídas sob a forma de: associações, fundações, centros, grupos, institutos, etc.
Em meio a essa avalanche de novos acontecimentos começa a aparecer o apoio governamental através de convênios e doações para fomentar o serviço realizado pelas ONGs. O que requer um melhor controle e planejamento dos recursos direcionados para o custeamento das várias atividades desempenhadas por essas organizações, esbarrando na falta de conhecimento dos dirigentes das mesmas cuja formação é voltada para a área social. Em contrapartida as ONGs Internacionais passam a exigir com mais rigor a prestação de contas dos recursos doados, usando como instrumento de cerificação os serviços de auditoria.
As ONGs a partir da década de 90 começaram a receberem um maior