A constituinte burguesa

20402 palavras 82 páginas
Emmanuel Joseph Sieyès Considerações Preliminares sobre o que é o Terceiro Estado?
Enquanto o filósofo não ultrapassar os limites da verdade, não deverá ser acusado de ir longe demais. Sua função é marcar o objetivo, devendo, pois chegar até ele. Se, durante o caminho, ousasse levantar sua insígnia, ela poderia não ser verdadeira. O dever do administrador, ao contrário, é o de combinar e graduar sua marcha, de acordo com as dificuldades. Se o filósofo não busca seu objetivo, ele não sabe onde se encontra; se o administrador não vê o objetivo, não sabe para onde vai. O Plano deste trabalho é muito simples. Devemos responder a três perguntas: 1ª) O que é o Terceiro Estado? – Tudo. 2ª) O que tem sido ele, até agora, na ordem política? – Nada. 3ª) O que é que ele pede? – Ser alguma coisa. Vamos ver se as respostas estão certas. Examinaremos, em seguida, os meios experimentados e os que deverão ser utilizados a fim de que o Terceiro Estado consiga ser, efetivamente, alguma coisa. Vamos dizer, então: 1º) O que os ministros tentaram e o que os próprios privilegiados propõem a favor do Terceiro Estado. 2º) O que deveria ter sido feito. 3º) O que ainda não foi feito para que o Terceiro Estado ocupe o lugar que lhe cabe politicamente. Capítulo I O Terceiro Estado é uma Nação Completa O que é preciso para que uma nação subsista e prospere? Trabalhos particulares e funções públicas. Todos os trabalhos particulares podem se resumir em quatro classes: 1ª) como a água e a terra fornecem a matéria-prima das necessidades do homem, a primeira classe, na ordem das idéias, são todas as famílias ligadas aos trabalhos do campo; 2ª) a partir da venda das matérias-primas até seu consumo ou sua utilização uma nova mão-de-obra multiplica e acrescenta a estas matérias um segundo valor, mais ou menos composto: a indústria humana. Ela consegue

aperfeiçoar os benefícios da natureza, e o produto bruto dobra, decuplica, centuplica seu valor. Estes são os trabalhos da segunda classe; 3ª)

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