Vitrinas - entrevistas

Bigal, Solange
Vitrina, do outro lado do visível / Solange Bigal. – São Paulo : Nobel, 2001. 1. Comunicação Visual 2. Linguagem – Filosofia 3. Semiótica 4. Vitrinas

O que hoje se entende por vitrinas tem sua origem nos tempos remotos em que o comércio, feito em feiras ao ar livre, baseava-se na exposição aleatória de mercadorias caracterizando as primeiras formas de expressão dessa mídia. O aprimoramento desse sistema comercial desenvolverá mercados como do Império Romano, conforme Sylvia Demetresco: “..o mercado de Trajano, construído no século I foi o primeiro shopping center da história. Cinco andares vendiam jóias, flores, armas, temperos, tecidos, peixes e crustáceos em viveiros de água doce e do mar totalizando cento e cinqüenta lojas.” Demetresco, Sylvia. Vitrina – teu nome é sedução. São Paulo: Pancrom, 1990. P.12
O comercio entre países alarga a visão do homem sobre o mundo e os fenômenos ganham uma qualidade capaz de mudar radicalmente o modo de organizar a relação produção/consumo, a partir do século XVIII as lojas se multiplicam por toda Europa e vão ocupando todo o mudo ocidental de uma economia em expansão e progresso ilimitado. O advento do manequim de cera em 1890, vem para reforçar sua capacidade de atrair compradores, ao mesmo tempo que a introdução do vidro em sua composição tenta deixar bem clara a linha demarcatória entre o publico e o privado. “se até a metade do século XX as mercadorias eram empilhadas, a partir de 1920, com o desenvolvimento do desenho e aperfeiçoamento do estilo, limparam-se as lojas e as vitrinas, melhorando assim a sua apresentação.” Demetresco, Sylvia. Op. Cit., p16.
A necessidade de manipulação estética do produto para persuadir o consumidor vem dar origem ao styling. A idéia de substituição rápida de um produto por outro através do descarte do produto obsoleto e do consumo imediato do produto de ponta.
A vitrina é proposta como uma composição visual resultante da articulação de diversas variantes: ˖