Vinho Jerez
• O Jerez é o vinho da maturidade. Talvez por ser tão versátil e pelos diversos tipos que apresenta, seja um pouco difícil sua compreensão inicial.
Uma vez, porém, iniciado em seus mistérios , se compreende toda sua potencialidade e ele se torna nosso companheiro inseparável.
Dependendo do tipo, ele pode ser servido como aperitivo, acompanha alimentos que só ele pode complementar e casa magnificamente com sobremesas as mais variadas.
• Por sua tradição histórica e difusão mundial, tem três nomes oficiais : Jerez , Xérès ou Sherry. Sua origem é antiquíssima. A região onde é produzido, na Andaluzia, no sul da Espanha, mais especificamente ao redor da cidade de Jerez de La Frontera, que tem este nome por sua posição entre as dominações cristã e muçulmana. A região demarcada compreende um triângulo ao noroeste da Província de Cádiz, composta por nove municípios, sendo os mais importantes o próprio Jerez de La Frontera (donde o vinho empresta o nome), Sanlucar de Barrameda e El Puerto de
Santa Maria.
• O vinho foi provavelmente introduzido nesta área há cerca de 3.000 anos pelos fenícios ou pelos gregos, e deve sua fama às condições do solo, do clima, da uva e principalmente pelo método de fabrico e envelhecimento por solera. Estas condições são tão singulares que o Jerez praticamente não tem imitações de qualidade no resto do mundo.
• A uva é plantada sobre três tipos de solo, as albarizas, os barros vermelhos e as areias, sendo o melhor o primeiro, com 40 % de teor de carbonato de cálcio, que , por sua pobreza de nutrientes e boa absorção, propicia vinhos com bom corpo e graduação alcóolica, acidez equilibrada e tipicidade de um grande Jerez.
As uvas predominantes são a Palomino (a mais difundida) e a Pedro
Ximenez (que dá origem ao vinho de mesmo nome), e ainda um pouco de
Moscatel.
• As uvas Pedro Ximenez são colocadas sobre placas de amianto, cobertas com plástico e deixadas ao sol (soleo), para