Vegetarianismo

Vegetarianismo

Apesar da Bioética parecer um termo cunhado contemporaneamente, devido ele tratar de assuntos como aborto, clonagem, células tronco, transgênicos e vegetarianismo, este ultimo que será o foco deste texto, estas discussões e impasses vêem se estendendo por toda historia da humanidade, cada época dentro de sua razão e operando dentro de suas raízes culturais. Dentro do escopo da Bioética, mas mais especificamente do vegetarianismo, a questão a ser levantada é os benefícios e malefícios de se comer carne nos dias de hoje, e se isso é coerente e viável econômico, moral, ecológico, saudável e necessário para a sobrevivência. O vegetarianismo esteve presente em vários momentos da historia e se manteve por vários motivos, porem a discussão que se tem hoje muito esta alicerçada nos preceitos que surgiram após o iluminismo onde se passou a ter uma nova perspectiva do lugar do homem no planeta, e as questões morais em relação aos animais passaram a ser consideradas, botando em cheque a postura humana em relação ao mundo, nos colocando numa posição de interação e coexistência frente ao mundo e não de dominação.
A discussão que se levanta hoje se caracteriza por uma dicotomia interna do homem do tipo racional vs animal (instinto), enquanto o vegetariano põem em dúvida seus instintos e tenta através da razão filtrá-los de uma forma que ele considera mais coerente, tendo assim uma postura em vista de um bem comum, já o lado animal do homem preza por uma liberdade individual visando seus prazeres em primeiro lugar, colocando o cidadão em oposição ao bem comum. O debate inicia-se com os vegetarianos apontando que uma dieta sem carne seria algo mais coerente com as capacidades físicas do ser humano, visto que ele não preenche os requisitos básicos de um animal caçador carnívoro, pois suas mãos teriam o formato para colheita e não garras como de um predador natural, seus dentes também não teriam o formato de um carnívoro padrão o que não corrobora para este