VANTAGENS COMPARATIVAS

VANTAGENS COMPARATIVAS
Um dos motivos para que as trocas internacionais ocorram está nas vantagens comparativas, elas eliminam as barreiras no comércio internacional. O fato de as nações possuírem diferentes recursos faz com que elas busquem entre si aquilo que falta, assim como faz com que ofereçam aquilo que têm em excesso, ou seja, as nações detêm tais vantagens comparativas a partir da especialização na produção de bens específicos. Um dos fatores que afeta o custo dos produtos brasileiros é a ineficiência nacional em diversas áreas. Os especialistas chamam tal atraso de ‘Custo Brasil'. Com a valorização do real em relação ao dólar, esse custo ajuda a explicar porque um país emergente como o Brasil, exporta cada vez mais produtos primários e importa mais produtos de tecnologia avançada. Dentre algumas vantagens, podemos citar o fato de que as economias emergentes têm instituições financeiras com menor alavancagem (dívida em relação ao patrimônio) do que a dos países avançados. Temos bom relacionamento com os países vizinhos e, além disso, o governo Lula conseguiu admiração mundial.
As vantagens comparativas determinam um padrão de produção, fazendo com que o comércio seja impulsionado pela diferença de produtividade da mão de obra entre os diversos países.
Exposto no século XIX por David Ricardo, o princípio das vantagens comparativas visa demonstrar a superioridade da livre-troca sobre isolamento. Enuncia-se da seguinte maneira: Os países ganham com a troca se se especializarem na produção do(s) bem(s) com o(s) custo(s) de produção relativo(s) mais baixo(s). Justificaremos o princípio a partir de um exemplo simples.
Dois países em Isolamento
Suponhamos que a França (F) e a Itália (I) produzem dois bens, o trigo e os automóveis, graças a um único fator primário, o trabalho. Este último circula livremente entre o ramo «trigo» e o ramo «automóvel», no interior de cada país, mas não sai das fronteiras. Para produzir uma unidade de trigo, F utiliza duas