"Tempos modernos" na visão de adam smith e karl marx
O filósofo Adam Smith defendia a teoria da divisão do trabalho, que consistia na especialização do trabalhador, que, por sua vez, foi o que levou Karl Marx a chegar à conclusão de que o trabalhador estava alienado, ou seja, alheio ao processo produtivo, pois o operário agora deixa de participar do início do processo até a etapa final, isto é, este passa a se restringir a uma só tarefa, repetitivamente. Podemos identificar isto no filme no momento em que se tem uma pausa na produção e os operários continuam realizando o mesmo movimento que faziam na etapa da linha de produção a qual trabalhavam, com a ideia de que a ação feita por eles tenha se impregnado em seu organismo, tornando-se um ato mecânico, não necessitando, assim, de nenhuma forma de pensamento ou raciocínio vindo do trabalhador para a execução de sua tarefa, como se este fosse uma espécie de máquina.
* A visão do capitalista na produção
Para Smith, o trabalho humano era um fator decisivo no que se referia a gerar riquezas. Segundo ele, a especialização e divisão do trabalho, além de resultar num aperfeiçoamento das forças produtivas, gera um aumento de produtividade resultante da redução e simplificação das atividades dos operários, que, consequentemente gera acumulação de capital, o que é interessante para os capitalistas. Portanto, a visão do capitalista na produção seria a da necessidade de exploração do trabalhador, e, então, a da especialização deste, visto que, como já enxergava Karl Marx, o que motivava estes capitalistas eram seus interesses econômicos próprios, sendo, assim, egoístas. No filme, Chaplin é um operário de uma fábrica especializado em apertar parafusos em uma linha de montagem. Porém, esta especialização em exagero pode acabar causando a alienação dos trabalhadores. Mas o que não era visível aos olhos dos