Sustentabilidade Do Rio Piracicaba

Sustentabilidade do Rio Piracicaba
Relatos sobre O Rio Piracicaba
O Rio Piracicaba tem sido um dos principais cartão-postal da cidade por muitas décadas. “Ele se estende por 185 Km desde a confluência de seus formadores, os rios Jaguari e Atibaia e compõe uma das Bacias Hidrográficas mais importantes do Estado. A área de drenagem (11.402 km²) abrange 45 municípios e 3.337.386 habitantes.
Inserida no modelo de desenvolvimento brasileiro do período da ditadura a região sofreu grande intervenção humana nas últimas três décadas. O fato está relacionado com políticas de interiorização dos recursos industriais no Estado de São Paulo, que durante boa parte dos anos 70 e 80, estimulou a migração e instalação de fábricas. Com o fluxo de capital para o interior houve também processo migratório, responsável pela concentração e urbanização rápida de cidades servidas pela bacia.
O inchaço provou-se mais rápido que a capacidade dos governos municipais em prover às cidades um sistema adequado de saneamento e tratamento que pudesse contemplar de forma satisfatória a população, bem como preservar os recursos hídricos.
Em 2002 a cobertura sanitária da região atendia 84% dos lares e estabelecimentos, porém, apenas 12% deste total recebiam tratamento adequado; o segundo mais baixo considerando os principais complexos hídricos do Estado, atrás apenas da bacia do Taquari, área com densidade demográfica quase dez vezes menor (MARTINELLI, 2003). Nesta época o Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado, elaborado pela CETESB, apontou que as bacias PCJ, da qual o Piracicaba faz parte, eram as mais degradadas de São Paulo.
A rede PCJ compreende as bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí, sendo a primeira a maior e mais degradada. Em sua totalidade abrange área que vai do extremo sul de minas até para além do limite oeste da Depressão Paulista; e foi uma das mais atingidas pela falta de tratamento de efluentes.
O manejo irregular de resíduos industriais e, principalmente, o