Sumoc

Sumoc
A superintendência da moeda e do crédito (Sumoc) surgiu através do decreto nº 7.293, no final do primeiro governo Vargas em 1945, devido a não existência de alguma organização institucional específica que fizesse o controle da oferta de moeda, realizada pelo Banco do Brasil, que exercia todas as funções de autoridade monetária. O proposito inicial da Sumoc era ter um controle do mercado financeiro e da inflação, e para isso foram criados algumas instruções.
A Instrução 70 da Sumoc tinha como objetivo um foco mais intervencionista, porém não radical, no qual foi criado um sistema de taxas múltiplas de câmbio que serviria para fortalecer o mercado exportador, mas não desfavorecendo totalmente o mercado importador, ou seja, se uma empresa estrangeira quisesse importar ou ter uma fábrica no Brasil, ela precisaria ter um produto que não existisse fábrica no Brasil produzindo algo similar, pois se tivesse, o valor do câmbio seria tão alto que não teria como competir, mas se o produto fosse diferente, o câmbio seria baixo.
A Instrução 113 da Sumoc foi implementada no final do segundo governo Vargas, com o intuito de conter o déficit do governo. O objetivo dessa instrução era conseguir investimento estrangeiro para a indústria nacional, por meio de concessão de licença emitida pela Carteira de Comércio Exterior (CACEX), na qual não teria cobertura cambial, ou seja, o capital ou equipamento estrangeiro viria para o Brasil sem ter custo do câmbio, com a condição de se ajudasse a indústria nacional a crescer, havendo apenas uma taxa cambial mínima para os lucros e amortizáveis.
Ambas as instruções surgiram como forma de financiar o Plano de Metas, e como o Brasil estava sofrendo com os altos gastos no desenvolvimento, o capital gasto das reservas estava escasso e a política emissionista apenas desvalorizando cada vez mais a moeda. Sendo assim, a única forma direta de continuar com o desenvolvimento era buscar o investimento de capital e recursos estrangeiros,