Saúde ambiental - aspectos gerais

SAÚDE AMBIENTAL: SUBÁREA DA SAÚDE COLETIVA

A discussão sobre a complexa relação entre saúde e meio ambiente encontra-se nas teses de Hipócrates (480 a.C.). Em Sobre os Ares, as Águas e os Lugares, o médico grego destacou a ligação entre as doenças, principalmente as endêmicas e a localização de seus focos. Naquele período, a epidemiologia que surgia, reconhecia, no lugar, o desencadeador de doenças e se baseava na idéia de que os fatores ambientais, aliado às boas práticas de higiene eram relacionados com o bem-estar da saúde humana.
No entanto, as práticas do cuidar da saúde, somente se constituíram, como política de estado, a partir da necessidade de se conter possíveis epidemias de doenças que apareciam em algumas regiões do mundo, como por exemplo, a “peste negra”, que devastou a Europa em 1348, matando um terço de sua população.
Em documentos do Centro Estratégico de Formação e Educação Permanente (CEFOR), afirma-se que as políticas de saúde avançaram à medida que o processo histórico de cada país também avançara, seja pelo desenvolvimento dos seus modos de produção, seja por meio do conhecimento científico e do aumento da capacidade organizativa das classes sociais, que acabavam por influenciar a política interna (Centro, [19--?] p. 113).
De acordo com Almeida; Rouquayrol (2007), no campo de investigação entre saúde e ambiente, também se destacaram os estudos epidemiológicos de John Snow, que considerava o espaço físico como elemento importante na abordagem do processo saúde-doença. Nesses estudos, Snow avaliava a moradia de cada pessoa que morria por cólera em Londres, entre os anos de 1848-49 e 1953, associando entre a origem da água consumida com as mortes ocorridas naquela época. Esse estudo possibilitou a construção de uma teoria sobre a transmissão das doenças infecciosas em geral, ao mesmo tempo, que permitiu sugerir que a cólera era disseminada, por meio da água contaminada. Com isso, foi possível propor a promoção de melhorias no suprimento da