Santo inquerito
Sugestão de leitura do mês: O Santo Inquérito, de Dias Gomes
O Autor:
Alfredo de Freitas Dias Gomes, conhecido como Dias Gomes, baiano, grande dramaturgo e autor de telenovelas, nasceu em 19 de outubro de 1922 e faleceu em 18 de maio de 1999. Tendo como sua principal obra O Pagador de Promessas, também escreveu O Bem-Amado, O Rei de Ramos, Vargas, Roque Santeiro, Araponga, O Fim do Mundo, Dona Flor e Seus Dois Maridos
A Obra:
Uma peça dramática dividida em dois atos, que conta a história de uma lenda do sertão nordestino, narrada num tempo psicológico, onde Branca Dias, protagonista da obra, retoma lembranças para poder entender o que estão fazendo com ela, e para tentar se defender.
Branca, uma jovem ingênua e inocente, de beleza excepcional, conhece Padre Bernardo, o antagonista, ao salvá-lo de um afogamento. Pessoa de caráter duvidoso, fanático religioso, o sacerdote, inseguro de sua vocação, esconde seus verdadeiros sentimentos atrás de sua religiosidade.
No início, o Padre Bernardo tenta conduzi-la à fé da Igreja Católica e libertá-la de seus pecados. Como ela salvou sua vida, ele acredita ter o dever de salvá-la. Mas, quando percebe seu interesse por Branca, a leva ao Tribunal para não ser condenado ao inferno. Branca, é acusada de judaísmo, de heresia e de práticas imorais.
Augusto, noivo de Branca, é preso por não ter acusado sua amada. Foi torturado até a morte. Simão Dias, pai de Branca, presencia a tudo o que fazem ao futuro genro, mas não se manifesta, para não se condenar.
Branca, indignada com a atitude do pai, repensa sobre a persuasão feita pelo Padre e não aceita mais confessar uma culpa que acredita não ter e se entrega ao Tribunal para ser julgada.
Sendo assim, é condenada à fogueira da Inquisição.
Crítica:
O livro fala sobre a Inquisição, a intolerância religiosa e o preconceito. Seu ponto alto é quando Branca prefere se entregar à Inquisição a trair seus ideais:
“... não posso