Resumo sobre barroco religioso
Os primeiros templos religiosos construídos no Brasil seguiam o estilo tardo-renascentista ou maneirista português, conhecido como estilo chão. Esta estética caracteriza-se pelas fachadas compostas por figuras geométricas básicas, frontões triangulares, janelas próximas ao quadrado e paredes marcadas pelo contraste entre a pedra e as superfícies brancas, de caráter bidimensional. A decoração é escassa e circunscrita em geral aos portais, ainda que os interiores são ricos em altares, pinturas e azulejos.
Assim, as primeiras igrejas brasileiras tem nave e capela-mor de planta retangular, com uma ou três naves, janelas simples e uma fachada retangular ou quadrada encimada por um frontão triangular, podendo ter uma ou duas torres laterais. Ao longo do século XVII aparecem frontões adornados com volutas de caráter maneirista. Nessa primeira fase, os principais modelos das igrejas coloniais foram as igrejas de São Roque e São Vicente de Fora de Lisboa.
Hoje em dia restam poucos exemplos da arquitetura quinhentista no Brasil, uma vez que boa parte das edificações mais antigas foi ou destruída, pilhada ou reformada, até mesmo em tempos recentes. A importante igreja jesuítica do Morro do Castelo no Rio, de 1567, foi demolida em 1922 na reurbanização da área onde se localizava.[3] Exemplos raros de arquitetura religiosa quinhentista são a Igreja Matriz de São Cosme e São Damião de Igarassu (começada em 1535 e depois reformada) e a Igreja da Graça em Olinda, construída no último quartel do século XVI, com uma fachada maneirista inspirada na Igreja de São Roque de Lisboa.
Várias igrejas do século XVII, de caráter maneirista, ainda sobrevivem no Brasil. Um exemplo é a igreja do Mosteiro de São Bento do Rio de