Resumo Schneuwly e Dolz

Práticas, gêneros e atividades de linguagem.
Schneuwly e Dolz, em seu texto sobre os gêneros escolares, definem o que seriam as práticas e as atividades de linguagem partindo do conceito de desenvolvimento humano- apropriação das experiências acumuladas pela sociedade no curso de sua história. A prática social, propriamente dita, diz respeito as experiências humanas sociais, ao contexto, ou seja, as interações que ocorrem entre os indivíduos. As atividades de linguagem referem-se ao que é interior a ele. Como nos diz os autores, “aos mecanismos de construção interna destas experiências”. A apropriação diz respeito as duas e deve-se levar em conta o conhecimento prévio do aprendiz.
Práticas de linguagem

Na prática social, a linguagem tem função mediadora em relação às últimas. Em uma situação de comunicação particular, as práticas de linguagem implicam em dimensões, podendo ser elas sociais, cognitivas e linguísticas, e as interpretações feitas pelos agentes da situação de comunicação são essenciais, segundo Bautier (1995). Sendo assim, a relação que cada ator tem com a linguagem irá interferir diretamente na comunicação, significa também dizer que nas práticas sociais temos manifestadas as características individuais e sociais da linguagem.
Atividades de linguagem
A atividade, segundo Leontiev (1984) é uma estrutura do comportamento orientada por motivo social que o fazem nascer. A atividade de linguagem funciona como uma interface entre o sujeito e o meio, e sempre tem sua origem nas situações de comunicação. Segundo Brocnkart (1996), as atividades nem sempre estão vinculadas aos motivos, mas podem advir da vontade consciente e que implicam no efeito da cooperação e interação sociais. A atividade é, então, um sistema de ação. Uma ação de linguagem consiste em produzir, compreender, interpretar ou memorizar um conjunto de enunciados. Porém, é necessário que o sujeito seja capaz de adaptar-se a características do contexto e do referente, que é a capacidade