Leitura

O resultado das pesquisas realizadas em sala de aula foi surpreendente. O aluno, ao ter contato com diversificados gêneros e conhecer sua estrutura, passava a utilizá-lo com desenvoltura nas mais diversas situações interativas. Com isso, o trabalho com os gêneros discursivos se desenvolveu sobremaneira. Como referência mundial, além de Bakhtin (1979), podemos destacar as pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Genebra, do qual os estudiosos Dolz & Schneuwly (1996) faziam parte.
De acordo com Dolz & Schneuwly (1996) os gêneros são megainstrumentos. Dito de outra forma: são instrumentos dentro dos quais é possível que encontremos muitos outros. Podemos citar como exemplo uma apostila ou mesmo o livro didático. Lembrando que o livro didático é o suporte dentro do qual podemos encontrar vários gêneros: letra de música, charge, crônica, editorial, carta ao leitor, fábulas, lendas, história em quadrinho, narrativa de enigma, receitas, resumo, resenha, poesias, dentre outros. Veja a imagem a seguir, ela ajudará a esclarecer o que estamos enunciando.

Através do exemplo acima já podemos perceber porque é possível trabalharmos com gêneros discursivos, conforme apregoam os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao invés de trabalharmos com tipos de texto. A tipologia textual (descrição, narração e dissertação), por mais que se esforçasse, não conseguia abarcar todos os gêneros que circulam em nossa sociedade.
SÍNTESE:
* Gênero textual - é o nome que se dá às diferentes formas de linguagem que circulam socialmente.

* Tipologia - oriunda de tipos de texto - descrição, narração, dissertação * WEB AULA 2 * Unidade 1: Classificação dos Gêneros Discursivos * * Anteriormente comentamos que os gêneros são ilimitados, e de fato o são. Porém, a partir de pesquisas, foi possível estabelecer uma classificação, deixando claro que ela não é fechada. Então, Dolz & Schneuwly (1996) apud Barbosa (2000), ligados à Universidade de Genebra, propõem cinco