Resenha - Sicko

Conhecido mundialmente por seus documentários que abordam temas polêmicos, o cineasta norte-americano Michael Moore resolveu mostrar em Sicko - SOS Saúde uma realidade desconhecida por muitos, como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos. Basicamente, ou se tem plano de saúde, ou literalmente se tem que rezar para não adoecer, esse é o carma de muitos cidadãos. Pois sem terem esse plano, acabam tendo que recorrer a serviços particulares nada baratos. Ocorrem inúmeras restrições quanto a concessão do acesso aos planos de saúde, limitando o acesso aos que tentam adquiri-los. E mesmo os que possuem tais planos, nem sempre desfrutam das melhores condições de atendimento e assistência. O documentário relata casos em que pessoas acabam tendo que se desfazer de propriedades para possuírem fundos por não contar mais com o auxílio de seus planos de longa data, idosos que mesmo beirando os oitenta anos de idade ainda precisam trabalhar devido ao plano não cobrir os gastos com remédios, entre outros exemplos absurdos. Também mostra pessoas que trabalham e/ou trabalhavam para as empresas responsáveis por tais planos, que revelavam como era nos bastidores dos negócios, onde recusar planos fazia parte de uma meta para se ganhar mais e trazer o lucro para a empresa, sempre justificadas nas restrições que poderiam preencher um livro com suas quantidades. Fora o grande interesse das empresas em descobrir, mesmo que revirando relatos médicos longínquos dos pacientes, qualquer mínimo detalhe que possa sustentar a decisão deles de recusar o acesso ao plano ou retirar uma aprovação de tratamento previamente concedida. O sistema público no país foi degradado aos poucos, desde a época do mandato de Richard Nixon, onde a ascensão dos planos de saúde teve seu início. A pessoa que tentou elevar a assistência pública a um patamar digno foi a primeira dama do presidente Bill Clinton, Hilary. Ela idealizou que o sistema seria financiado com dinheiro público, mas, não tardou a ser