Resenha krugman - crise na europa
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Fascinadas com a ideia de criar um símbolo poderoso de unidade, as elites europeias fizeram a integração monetária dos países da Europa sem atingir com antecedência, as metas estipuladas. Os países do sul da Europa tinham, geralmente, taxas de juros mais altas que a taxa de juros da França e Alemanha, isso ocorria porque as chances de calote desses países eram maiores. Quando a moeda foi atrelada, a taxa de juros dos países que agora pertenciam à zona do euro também se igualou. Quando se tem um ambiente com taxa de juros muito alta e ela cai subitamente, a demanda por crédito dispara. No caso da Europa essa demanda por crédito foi para o mercado imobiliário, gerando um “boom” que gerou um rápido crescimento com uma taxa de juros alta, o que leva a queda do desemprego. Apesar da Alemanha e Grécia terem a mesma moeda, uma inflação alta nos países do sul da Europa faz com que a moeda desvalorize, o salário aumenta, diminuindo a competitividade. Quando isto ocorre, a Alemanha se beneficia da integração e começa a exportar para o restante dos outros países. Com a revelação da Grécia de que os cálculos de sua dívida pública estavam errados, gerando uma crise na interna nesse país. A desconfiança geral ganhou força. Após as tentativas de se fazer política monetária, o governo grego já não tinha mais condições de oferecer crédito aos seus bancos comerciais, tendo que recorrer a outros países. O mesmo ocorreu com a Espanha. O efeito contágio estava acontecendo, e a crise cada vez mais se espalhava e uma dívida que era privada acabou virando uma dívida pública. Como os países do sul da Europa não tinham capacidade de fazer política fiscal, a solução seria desvalorizar a moeda para que a mão de obra fique mais barata. Mas o que se observa que está se tentando fazer é baixar os salário, porém existe uma rigidez nominal dos salários que impede que seja a solução seja tomada desta maneira. Para Krugman, a solução não está apenas na liberação da emissão de moeda