Resenha do texto família e afetividade: a configuração de uma práxis ético-política, perigos e oportunidades
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Resenha Crítica Ana Beatriz Pereira Palheta[1]
SAWAIA, Bader B. Família e afetividade: a configuração de uma práxis ético-política, perigos e oportunidades. In: Família: Redes, Laços e Políticas Públicas. (Org.) Acosta, Ana Rojas; Vitale, Maria Amália Faller. São Paulo: IEE/PUSP, 2003.
A autora Bader B. Sawaia em seu artigo intitulado “Família e afetividade: a configuração de uma práxis ético-política, perigos e oportunidades”, traz uma abordagem sobre a afetividade e a família como uma forma de emancipação em relação às desigualdades sociais criadas pelo modelo neoliberal. A afetividade é uma das maneiras de interferir na vida coletiva da sociedade, pois ela faz parte da configuração subjetiva das relações sociais de dominação. As relações criadas através da afetividade possuem um papel importante para o modelo de proteção estatal desenvolvido pelo neoliberalismo que o de Estado Mínimo, pois por intermédio da afetividade são criadas “as redes de sociabilidade e de solidariedade que a família é capaz de prover ganham nova importância política no contexto de Estado mínimo” (SAWAIA, ). Durante a década de 60 a família passou a ser vista como um espaço contraditório e não como um locus que possui relações de intimidade, emoções e racionalidade, a família é considerada como o âmbito da reprodução das desigualdades e de coerção, e devido a família ser concebida sob esta ótica, pensou-se em substituir a família pela comunidade ou grupos organizados. Neste contexto neoliberal o Estado deixa de exercer seu papel de provedor da proteção social e põem para a família a responsabilidade de garantir o cuidado dos indivíduos. A família a compreendida como o lugar de promoção da vida do individuo tanto no aspecto biológico, psicológico e social, e isso ocorre devido existirem vínculos afetivos