Resenha aprendizes do poder cap 2
Sérgio Adorno é graduado em Ciência Sociais pela Universidade de São Paulo (1974), Doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1984), Pós-Doutorado pelo Centre de Recherches Sociologiques sur le Droit et les Institutions Pénales, CESDIP, França. Autor de mais de cem publicações entre artigos e livros. Atualmente é Professor Titular em Sociologia da FLCH- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, Coordenador Científico do Núcleo de Estudos da Violência- USP, Presidente da ANDHEP- Associação Nacional de Direitos Humanos- Pesquisa e Pós-Graduação.
A preocupação central do autor é analisar o processo de criação e os debates a cerca da localização da Academia Jurídica no Brasil, no século XIX, e as bases que guiaram o seu funcionamento. De forma que a criação da Academia de Direito no país está diretamente vinculada ao processo de formação do Estado Nacional.
A criação e fundação dos cursos jurídicos no Brasil, na primeira metade do século XIX, foi um processo demorado e gerou muitas discussões política. Tanto a criação da Academia Jurídica de São Paulo, quanto a de Olinda tiveram suas raízes ligadas ao processo de independência, de forma que se tornava necessária uma ampliação do quadro político e administrativo legal, uma rearticulação das alianças existentes entre os grupos sociais e uma viabilização da construção de uma cultura jurídica nacional.
A academia foi o caminho para aqueles bacharéis que desejavam seguir a carreira política, de modo que o bom funcionamento da Academia contribuía para a formação de uma intelligentsia nacional que suprisse as urgências do Brasil pós-independente. Diante desse quadro, o Estado brasileiro ergueu-se como um Estado de magistrados, e o papel