Racismo e Cotas

O tema racismo é cada vez mais frequente nas rodas de discussão e debate que se formam em todo país, especialmente no mês de novembro, pois se comemora o dia da consciência negra, esse tema é abordado nas mais diversas esferas da sociedade. Sobre o assunto opiniões de vários aspectos podem ser observadas, e as politicas de reparação social, como por o exemplo das Cotas, dividem opiniões em um país que tem no sangue de seu povo a mistura do negro africano, o indígena brasileiro, do português europeu entre outras diversas etnias que por mais de quinhentos anos se miscigenaram e formaram o povo brasileiro.
Uma breve contextualização se faz necessária para entendermos as Cotas como uma politicas de reparação social necessárias, para minorias que por cerca de quinhentos anos tiveram seus direitos negados. Por mais de dois séculos os negros vindouros da África foram escravizados no Brasil, arrancados literalmente de sua terra natal, transportados e vendidos como mercadorias e forcados a trabalhar nas lavouras de açúcar e café que movimentavam a economia do Brasil Colonial.
Com o fim da escravidão o cenário brasileiro não sofreu muitas mudanças, pois agora libertos, os negros não tinha oportunidades de ascensão social. E desde 1888 até os dias atuais uma serie de preconceitos raciais permeiam a sociedade brasileira. Vale ressaltar que estes, os negros, foram sempre prejudicados pelos sistemas políticos, e as Cotas surgem nesse cenário como um elemento de reparação social que permite com que estes sujeitos ocupem espaços que necessariamente seriam seus, se não tivesses sofrido descriminação.
A nível de exemplo, um aluno que estudou toda sua vida em uma determinada escola privada necessariamente tem mais chances de acesso ao ensino superior do que aquele que estudou em uma escola publica, pois é sabido as varias deficiências que assolam a educação publica brasileira. E curiosamente a população afrodescendente, por terem seus direitos negados outrora, muitas vezes não