Psicologia

O povo nuer é constituído por mais de meio milhões de pessoas. Vive nas regiões centro-meridionais do Sudão, em ambas as margens do rio Nilo Branco, ao sul da confluência deste rio com os rios Sobat e Bahr el-Ghazal, em cujas margens também se encontra. Pertencem aos chamados “povos nilóticos”; são de estatura alta, têm mãos e pés enormes e uma cabeça achatada.
A região onde habitam apresenta características bem extremas: é uma planície que tanto se apresenta agreste, pela falta de água, como completamente alagada, durante o período das chuvas, passando de um excesso de humidade a uma enorme secura, que obriga à perfuração de poços para consumo das pessoas e do gado.
A língua nuer é uma língua nilo-saariana do grupo nilótico ocidental. Essa língua é falada pelo povo nuer, que vive no sul do Sudão. O nuer é uma das línguas mais faladas na África centro-oriental. Os nuers constituem uma das maiores tribos do sul do Sudão.
Os Nuer são essencialmente pastores e a sua cultura gira em torno do gado. Todas as suas relações sociais e vida material dependem disso, de tal maneira que chegam a desprezar os povos que não se dedicam ao pastoreio.
O gado é propriedade das famílias. À medida que cada filho, por ordem de idade, atinge a idade matrimonial, ele se casa retirando vacas do rebanho. O filho seguinte terá de esperar até que o rebanho atinja sua força inicial para que se possa, por sua vez, casar-se. Quando o chefe da família morre, o rebanho ainda continua como centro da vida familiar e os Nuer desaprovam vivamente o fato de desmanchá-lo. Os Nuer gostam muito de carne e declaram que, quando morre uma vaca, “os olhos e o coração ficam tristes, mas os dentes e o estômago se alegram.
Durante a estação seca, e à medida que os pastos vão desaparecendo, os Nuer levam o seu gado para lugares cada vez mais distantes das aldeias, o que os obriga a levantar acampamentos para aí o poderem recolher. Nas aldeias costumam deixar algumas vacas para que não falte leite para as