Preconceito Racial

Preconceito racial: O ritual pedagógico do silêncio

O presente projeto não tem o pretexto de esgotar o assunto, e sim trazer reflexões sobre o silêncio pedagógico diante do preconceito racial.
A sociedade brasileira desde a sua formação, é composta por uma diversidade étnica e cultural que deve ser apreciada no espaço escolar. A escola por sua vez, faz parte de um contexto social que abarca diferentes realidades. Essa diversidade social, de modo frequente, é alvo de comparações, desigualdades e preconceitos, e a escola sendo parte da sociedade sofre reflexos dessas desigualdades.
O preconceito racial inquestionavelmente presenciado no cotidiano escolar ocorre em uma relação desigual de poder caracterizando uma situação de desvantagem para a vítima na qual não consegue se defender devidamente e, além disso, deve-se reconhecer que o preconceito racial é um dos importantes aspectos da violência social e escolar que vem despertando à necessidade de ser enfrentado, em virtude disso, não devemos desprezar o papel que a educação pode exercer para a solução deste problema cotidiano.

O negro na sociedade brasileira
Atualmente, os negros representam 44,2% da população brasileira. Este índice torna o Brasil o país não-africano com a maior população negra do mundo e o segundo maior se considerarmos todo o globo terrestre, perdendo somente para a Nigéria. No entanto, a maior parte desses indivíduos permanece ocupando a base da pirâmide social, sobrevivendo nas condições mais adversas, com poucas chances de realizar seus projetos de ascensão social, escolarização, moradia, trabalho etc. (Ribeiro, 1996) “Os relatórios feitos por organismos internacionais deixam a nu dois brasis: um moderno, rico e desenvolvido e outro, pobre e anacrônico. O que chama a atenção, nesses dois países contidos em um só, são os estoques raciais alojados em cada um deles. No primeiro Brasil, país que mais cresceu neste século, tem-se um povo marcadamente branco e amarelo. No