Pragmatismo processual. Breves considerações introdutórias.

1497 palavras 6 páginas
O pragmatismo como forma de conhecimento se restringe a construção de ideias aperfeiçoadas no tempo e no espaço. Assim sendo, necessário é que sejam tecidas algumas noções históricas preliminares de extrema relevância para o entendimento do objeto de estudo.
Sob este enfoque, relevante é ter em mente que muito embora o pragmatismo tenha enfoque metodológico contrário ao racionalismo, em nenhum momento deixou de ser racional, isto é, foi e sempre será objeto de uma lógica sistemática distinta dos demais meio de pensamento criou um método com foco prático.
Assim, desde a Grécia antiga, como bem pontua Anthony KENNY em seu artigo As ciências teóricas de Aristóteles1, homens como Aristóteles e
Platão buscam desvendar o mundo do ser, por meio de métodos, dentre eles a observação das coisas naturais (mundo imanete) e sobrenaturais (mundo transcendente), respaldado precipuamente em uma verdade

sintática

das

coisas e do mundo, a qual basicamente se estabelecia por meio de um discurso. Deste entendimento surgem as primeiras diretrizes do método racional e, consequentemente, inicia-se o paradigma racionalista.
Não obstante, tendo em vista que o conhecimento é mutante, com o advento do Estado moderno surgem novos pensadores, dentre eles René
DESCARTES, o qual consagrou o paradigma racionalista com sua obra
Discurso do Método, pontuando que o conhecimento inicialmente deve partir de uma dúvida, isto é, uma verdade semântica, cuja qual é imprescindível para a obtenção do

conhecimento

verdadeiro.

Assim,

René

DESCARTES

estabeleceu, diferentemente do conhecimento racional pontuado pelos pensamentos filosóficos de Aristóteles e Platão, que os sentidos e a percepção não seriam parâmetros suficientes para a obtenção de segurança no conhecimento, pontuando o método racional, por meio da razão, como único meio seguro para obtenção da verdade real e segura, destes elementos há o

surgimento do cogito2. Desta vertente, conforme

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