Português Teatro

O Mandarim
Carta lida por um aluno / acompanhada por imagens – power-point e música
Realismo oposição ao Romantismo - Eça e o Realismo - O Realismo na obra de Eça de Queiroz

1° ACTO CENA 1
O General Camilloff e Teodoro.
Teodoro conta ao General a sua história e ele escuta intervindo, confiando sombriamente o seu espresso bigode cossaco.

Teodoro 1: Vivia eu à Travessa da Conceição, n° 106 na casa de hóspedes da D. Augusta, viúva do major Marques. Tinha dois companheiros : o Cabrita, empregado esguio da Administração do Bairro Central e o exuberante Tenente Couceiro. A minha existência era bem suave e equilibrada.

Aparece um Segundo Teodoro vestido de funcionário com manguitos imitando a leitura de várias cartas.)

Teodoro 2: Tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência….. Tenho a honra de passar às mãos de Vossa Excelência, Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor. Ssai da cena)

CENA2
Teodoro instalado no canapé da sala de jantar, de cachimbo nos dentes, admirando a D. Augusta que limpa a cabeça do tenente Couceiro.

T. Couceiro : As vossas carinhosas mãos são uma benção do céu!
( dizia o Tenente Couceiro adormecendo sob o efeito da massagem do couro cabeludo).

Teodoro 2: Ai, D. Augusta, que anjo que é!...

D. Augusta : Ai, enguiço !

Teodoro 2 : Enguiço eu! É verdade! Magro e corcovado com o peso dos anos de serviço na Administração !... Verguei o espinhaço na universidade recuando como uma pega assustada diante dos Senhores lentes e na repartição, dobrando a fronte ao pó perante os meus directores gerais.

D.Augusta : Vá lá homem de Deus, não há queixume que lhe valha !...

Teodoro 2 : Não é por entrar sempre as portas com o pé direito, tremer dos ratos, ter à cabeceira da cama uma litografia de Nossa Senhora das Dores que pertencera à mamã, que a vida que disfruto me convém, por natureza ! Garantem -me apenas a tranquilidade dos domingos, o uso de alguma roupa branca e os vinte