Os brics

O vocábulo BRIC é utilizado em economia para assinalar o grupo composto por Brasil, Rússia, Índia e China. Tem sua origem no ano de 2003 a partir de uma tese do banco de investimentos Goldman Sachs, que descreveu num estudo os primeiros movimentos do que deve se traduzir como a mais relevante transformação na ordem econômica mundial nesta primeira metade do século 21.
Embasados em dados estatísticos de evolução dos mercados, da produção e da demografia, os analistas do Goldman Sachs prognosticaram que, no decurso das próximas décadas, os quatro países líderes acrescidos da África do Sul, deverão serem apostas no patamar do ranking das maiores economias do planeta.
Nesse percurso, os desafiantes postergarão as atuais potências, como o Japão e a Alemanha. Ressalta que um dos quatro, a China, deverá ultrapassar até mesmo os Estados Unidos e chegar a liderança econômica do planeta. Se os pesquisadores estiverem corretos, os países do Bric deterão em poucas décadas quatro das sete maiores economias do globo. O termo, puramente econômico, ganhou outra forma quando é imprescindível mencionar mercados emergentes tal como BRICS (quando insere a África do Sul, ou South África, em inglês).
Os BRICS não se tratam de um bloco econômico como o MERCOSUL, nem político como a União Européia ou militar como a OTAN. São concernentes a um conceito que está intrinsecamente atrelado aos grandes mercados emergentes, porém que nada reporta sobre o modelo econômico ou o contexto político e social de cada uma de suas cinco nações.
Os BRICS possuem os maiores mercados do mundo, apenas que com uma grande parcela de sua população vivendo em precárias condições, gerando uma preocupação maior a que os programas de combate à pobreza ocupem um papel de destaque em suas listas de prioridades. Eles demandam diversificar suas economias e estão inovando, desafiando as noções convencionais sobre a globalização. A igualdade que os atrelou foi o dinamismo econômico interno de cada economia e o