Or Amentos Est Dios Da Copa
O Beira-Rio ocupa a primeira colocação em orçamento “estourado”. A explicação é de que o orçamento das obras estourou após a entrada de uma construtora na execução dos trabalhos (requisito da Fifa). O valor saltou de R$ 130 milhões para R$ 330 milhões, com aumento de 153,85%.
No Maracanã, no Mané Garrincha, no Mineirão e na Arena da Baixada, o aumento está ligado às correções monetárias do contrato, além dos juros. No Rio, o custo das obras aumentou também devido à deterioração da marquise. A antiga construção deu lugar a uma nova cobertura. A nova intervenção provocou aditivo de 36%.
Tais erros justificam-se também por projetos básicos incompletos, mal feitos ou ambos. O projeto básico deve ter uma descrição suficientemente detalhada para caracterizar a obra ou serviço.
O governo do Distrito Federal alega que o novo Mané Garrincha vai custar R$ 671 milhões, mas nesse orçamento não constam cobertura, assentos, catracas, gramado e trave.
Na comparação Maracanã x Mineirão, o projeto básico do estádio carioca era tão superficial que só apresentava 37 plantas, contra 1.309 do mineiro, que também passa por reforma.
Além disso, as autoridades do Rio apresentaram cinco elementos no projeto básico, contra 30 de Belo Horizonte. Não foram disponibilizados itens como topografia, estrutura de concreto, iluminação e instalações elétricas.
Em Cuiabá, a obra estimada em R$ 342 milhões já ganhou aditivo de R$ 12 milhões só com a reformulação das fundações. Apesar de o governo dizer que foi feito estudo do terreno, os técnicos acabaram "surpreendidos" com o acúmulo expressivo de água no subsolo. O projeto do estádio não inclui assentos nem telões, o que vai aumentar ainda mais o custo final.
Outro estádio com projeto básico deficiente é o Arena da Amazônia, de Manaus. No ano passado, a Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou sobrepreço de R$ 85 milhões e observou que o plano da estrutura