Obesidade

Nos últimos 35 anos, o Brasil passou por um grande período de transformação. O índice de analfabetismo e mortalidade infantil regressaram, assim como o de desnutrição. Entretanto, o excesso( ou sobrepeso, nome dado por médicos) e a obesidade explodiram. . A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) divulgada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que em todas as regiões do país, faixas etárias e classes sociais houve um excessivo aumento no número de pessoas com excesso de peso e obesas.
Se o ritmo do crescimento da obesidade continuar como está atualmente, em 10 anos 30% da população será obesa- padrão idêntico ao encontrado nos Estados Unidos, onde a obesidade já se constitui como um sério problema de saúde pública. A explicação está principalmente no padrão de consumo alimentar. A POF de 2002/2003 mostrou que as famílias estão gradualmente substituindo a alimentação tradicional na dieta do brasileiro – arroz, feijão, hortaliças – por bebidas e alimentos industrializados, como refrigerantes, biscoitos, carnes processadas e comida pronta. Tudo mais calórico e, em muitos casos, menos nutritivos.
A obesidade infantil também tem aumentado em rítimo alarmante.Os alimentos ricos em açúcar e gordura que só eram oferecidos às crianças em ocasiões especiais, passaram a fazer parte da rotina alimentar de muitos meninos e meninas. Além da má alimentação em casa, as escolas não possuem um cardápio 100% saudável, dando mais opções de aliementos gordurosos do que nutritivos. Os exercícios físicos foram substituídos por televisão, videogame e computador, agravando ainda mais a situação. A ansiedade e estresse, para os quais a forma de escape muitas vezes é comer em excesso, tornaram-se mais frequentes entre crianças. O resultado dessas mudanças é verificado em estatísticas que apontam uma verdadeira epidemia de obesidade infantil. Segundo a POF 2008–09, em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela