Moda

A MOULAGE

De acordo com o texto “A moulage, a inovação formal e a nova arquitetura do corpo” de PATRÍCIA DE MELLO SOUZA, o espaço corpóreo, objeto de planejamento do design de moda, é tridimensional e a técnica de Moulage é um instrumento de criação e elaboração formal. O texto explora essa técnica e afirma seu emprego no processo de criação e materialização de produtos de moda.
A estrutura morfológica de uma pessoa habita uma série de outros espaços e, para que o trabalho do designer cumpra sua finalidade, é preciso que todos esses fatores sejam observados, assim será possível criar sobre o existente algo ergonômico e diferenciado. Antecedendo a execução do produto do vestuário, a ação criativa é determinada pelo modo como o criador pensa o espaço e dar-lhe coerência, estabelecendo uma similaridade entre sua idealização e o produto final.
Na transição da criação idealizada para sua materialização o designer pode utilizar-se de desenhos, esses podem ser bidimensionais (que privilegia uma única vista do produto) ou tridimensionais (o produto pode ser visto, simultaneamente, de vários ângulos), ou da técnica de Moulage. Diferente do desenho tridimensional que apenas representa elementos do espeço sobre uma superfície plana, a modelagem tridimensional delimita esse espaço, atribui volume e torna mais fácil a visualização. Sendo assim, os manequins técnicos mostram ser eficientes para dimensionamento do produto e ajudam o criador a desenvolver domínio e conhecimento do corpo e familiaridade com suas proporções e sua morfologia.
A construção em três dimensões promove o contato entre o bidimensional, tecido utilizado para modelar, e o corpo suporte, lidando com medidas de largura, comprimento e profundidade. Permitem a visualização de frende, de lado e de costas, analisar as linhas de movimento e articulação e a percepção da escala.
Ao desenvolver a forma diretamente nos modelos tridimensionais observamos a possibilidade de experimentações e manipulação dos