Memória nas sociedades sem escrita

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Falando de memória nas sociedades sem escrita, Jacques Le Goff diz o seguinte: “Nas sociedades sem escrita a memória coletiva parece ordenar-se em torno de três grandes interesses: A idade coletiva do grupo, que se funda em certos mitos, mais precisamente nos mitos de origem; O prestígio das famílias dominantes, que se exprime pelas genealogias; e O saber técnico, que se transmite por fórmulas práticas fortemente ligadas à magia religiosa.”
LE GOFF, Jaques.
Para ilustrar esses povos, vamos tomar como exemplo a sociedade Tupi-guarani. Esta sociedade faz parte de um dos maiores troncos linguísticos (indígena) do Brasil, isto é, povos semelhantes que utilizam uma linguagem semelhante.
Nessa sociedade a memória é transmitida de maneira oral de geração a geração, ou seja, as pessoas mais velhas passam seus conhecimentos históricos aos mais novos, com isso, sua memória vai sendo preservada. Seus mitos explicam os costumes de sua sociedade e esses costumes acabam virando suas leis, e assim, chegamos a outro ponto importante: o direito consuetudinário.
Como citado anteriormente, nos povos sem escrita, as leis surgem de seus costumes, não passando por um processo formal de criação e consolidação de leis. Por exemplo:
“A vida de cada indivíduo era programada em linhas gerais desde antes do nascimento pela estrutura tradicional e relativamente fixa de suas culturas, com normas sociais mantidas sem grande modificação desde tempos imemoriais. Muitas sociedades eram profundamente ritualizadas, desenrolando o tecido de suas vidas ao comando de mitos e crenças diversos, que cercavam certas atividades de tabus invioláveis e davam instruções para muitos atos cotidianos.”
O direito consuetudinário esteve presente nas sociedades sem escrita, porém mesmo depois do período em que surgiram a escrita e a consolidação das leis, outra sociedade fez uso deste modo de viver que foi a sociedade medieval, onde a igreja estabelecias os “costumes” e manipulava

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