magia e técnica arte e politica

“Em sua essência, a obra de arte sempre foi reprodutível. O que os homens faziam sempre podia ser imitado por outros homens. Essa imitação era praticada por discípulos, em seus exercícios, pelos mestres, para a difusão das obras, e finalmente por terceiros, meramente interessados no lucro. Em contraste, a reprodução técnica da obra de arte representa um processo novo, que se vem desenvolvendo na história intermitentemente, através de saltos separados por longos intervalos, mas com intensidade crescente” (p.166)
O autor busca o real significado e a própria essência em que a reprodutibilidade técnica e a reprodutibilidade da obra de arte demonstram, constatando que o que mais atribui um aprimoramento tecnológico é sua técnica, pois é voltada para o intuito de abranger uma maior quantidade de consumidores. A reprodução técnica possui uma independência moral, pois ela é capaz de demonstrar o detalhamento da própria imagem.
“Embora esse fenômeno não seja exclusivo da obra de arte, podendo ocorrer, por exemplo, numa paisagem, que aparece num filme aos olhos do espectador, ele afeta a obra de arte em um núcleo especialmente sensível que não existe num objeto da natureza: sua autenticidade.” (p.168)
A obra de arte sempre teve sua reprodução e essa experiência de copiar era aproveitada pelos discípulos para a propagação das obras. A litografia e a fotografia surgiram a partir da tecnologia, onde transmitiram uma maneira mais prática para reproduzir uma série.
Além de a reprodutibilidade técnica tornar a arte democrática, existe uma falta de autenticidade, essa ausência não elimina o conteúdo estético da obra, e sim essa tradição, onde conservar-se única.
“Fazer as coisas “ficarem mais próximas” é uma preocupação tão apaixonada das massas modernas como sua tendência a superar o caráter único de todos os fatos através da sua reprodutibilidade. ”(p.170)
O texto procura determinar a força da obra de arte autêntica onde tem uma base teológica e uma maneira de ser