Filosofia

II - A Escola e o Cinema
Contudo, o que pudemos discernir é que a introdução de práticas alternativas e dinâmicas, para um novo processo de aprendizagem no ensino de jovens e adultos, como o uso do cinema, vem sendo cada vez mais pertinente.

Como já indicava Freire em suas teorias de educação polícia, onde ele aponta para uma libertação na qual o oprimido não venha a se tornar o opressor, em sua busca pela humanidade (Paulo Freire, 2005. A Educação na cidade São Paulo: Cortez, 144 p.).

É preciso, então, buscar ferramentas que promovam essa transformação idealizada por Freire. E uma dessas ferramentas, que pode promover uma transformação libertária que só pode ocorrer na plena conscientização dialética dos oprimidos, na chamada terceira geração industrial, seria a obra cinematográfica (Lucas Leal, 2011. Entre políticas e práticas: perspectivas freirianas para o cinema na EJA. Publicação online: am.unisal.br/pos/stricto-educacao/coloquio/2011/).

Ainda seguindo os apontamentos de Leal, vimos que a idéia de Freire de promover as práticas do grupo o qual o educador trabalha em via de sua libertação, observa-se que num grupo de EJA contextualizado dentro de uma era de fortalecimento das tecnologias virtuais, a obra cinematográfica seria uma dessas práticas a serem utilizadas pelo educador para alcançar o ideal de libertação.

Por exemplo, se um professor trabalha com um grupo de EJA hoje, 2013, esse educador terá, na maioria desses grupos pessoas que já entraram em contato com o elemento cinema, ou obra cinematográfica, os populares: filmes; mesmo que por via de uma rede de televisão aberta. São raros os educandos hoje que nunca, em momento algum, entraram em contato com essa forma de tecnologia ou ouviram falar dela. Sendo assim, é elementar do educador usar este elemento participador da realidade do educando, como ferramenta de educação. Assim como em um grupo de operários de uma fabrica de carros se usaria o carro, ou em um grupo de lavradores se