Em busca das origens desenvolvimentais do transtornos mentais
A leitura deste artigo revela que a psicopatologia dá um passo importante na avaliação e compreensão dos mecanismos de adoecimento da mente quando passa a observar e a considerar os detalhes e os diversos fatores que contribuem para o desenvolvimento dos transtornos mentais.
A psicopatologia desenvolvimental parte do pressuposto de que a classificação diagnóstica simplista não é suficiente, e que os fatores ambientais, como: sociais, econômicos, psicológicos, culturais, entre outros, contribuem de forma decisiva, e vão se somando no processo de adoecimento do indivíduo. A integração multifatorial e a compreensão da interação destes processos nas fases de desenvolvimento psicológico desde a infância até a vida adulta trazem a possibilidade de potencialização do modelo conceitual a partir do entendimento das origens dos transtornos mentais. A psicologia desenvolvimental surge, então, como uma ferramenta norteadora do processo que irá compreender a anamnese, diagnóstico e plano de tratamento eficiente.
É fato incontestável que considerando os estressores ambientais não podemos deixar de comentar que o estilo de vida, padrões de referência, níveis de estresse físico e mental, relacionamento social e níveis de violência sofreram mudanças bruscas nos últimos tempos. Este modelo está vinculado à alienação da identidade do ser de cada indivíduo, mediante inúmeros padrões de referência, nas mais diversas categorias como: beleza, sucesso, felicidade, prazer, família.
Os elementos ambientais podem ser considerados como fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais. O que de fato é um estudo muito complexo pode ser também a chave descoberta sobre o desencadeamento desses transtornos. Além da análise neurobiológica que possa apontam os transtornos mentais influenciados por efeitos traumáticos, como abusos e maus tratos sofridos por uma pessoa na infância, considerando então que os processos