Literatura de cordel
escuta o que eu vou contar
é uma história das boas
que vocês vão se encantar
depois da história contada
tenho algo a perguntar.
É a história do cordel
que eu venho apresentar
esta poesia singela
e boa pra declamar
caiu no gosto do povo
em tudo quanto é lugar.
Foi no século XVIII
Que por aqui ele chegou
Veio lá de Portugal
E por aqui se abancou
E foi no nosso Nordeste
Que ganhou força e ficou.
O cordel chegou à feira
À rua, praça e quintal
Cantava as tradições
Fazia crítica social
E houve um tempo que o folheto
Ganhou luxo de jornal.
O cordel era ilustrado
com a tal da xilogravura
que é uma arte antiga
que até hoje perdura
ainda ilustra os folhetos
e resiste com bravura.
E foi assim que o cordel
Até aqui caminhou
Não mais presos em barbantes
Como se apresentou
Agora anda diferente
E até na internet entrou.
De uns tempos para cá
o cordel viveu mudança
há quem diga que esta arte
ficará só na lembrança
mas que ela dure pra sempre
ainda tenho esperança.
Muitas são as influências
que a sociedade sofreu
inclusive a nordestina
onde o cordel floresceu
são muitas as novidades
que por lá se sucedeu.
Primeiro chegou o rádio
com muita propagação
depois veio a TV
e muda uma geração
agora é a internet
que causa ebulição.
O cordel hoje se encontra
lá na banca de revista
dentro de universidade
e em casa de artista
é assunto de letrado
tema de antropologista.
Eu agora vou fazer
a pergunta prometida
na esperança que o cordel
não esteja em despedida
que mesmo modificado
não é cultura perdida.
Os senhores me respondam
pois quero me despedir
o cordel ainda é do povo
ou há muito o que refletir
ou será que é um assunto
pra muito se discutir?
E por aqui vou ficando
Deixo a pergunta no ar
Fiquem aí matutando
Que