Lesões pumonares

Lesões pulmonares e nutrição parenteral em crianças internadas em unidades de terapia intensiva pediátrica

Valmin Ramos-Silva, Jane S. Castello, Luciene L. da Motta, Fausto E. L. Pereira, Norma S. Oliveira, Joel A. Lamounier.

O artigo relata a descrição das lesões pulmonares em uma série de necropsias de pacientes com idade de até 15 anos, falecidos em unidade de terapia intensiva, submetidos ou não à nutrição parenteral total. Tendo como método fragmentos dos pulmões de 114 crianças.
Foram submetida amostra e estudado a partir da diferença entre os que foram submetidos à nutrição parenteral total ou não. A partir dos dados demográficos e clínicos dos pacientes e da análise estatística. As duas amostras são semelhantes, o mesmo ocorrendo em relação à idade, ao sexo, ao peso e a diagnósticos clínicos. No entanto, apresentaram diferenças significativas em relação ao tempo de internação e à presença de prematuridade, mais frequentes no grupo que recebeu a NPT. A frequência das lesões pulmonares macroscopicamente observadas no grupo tratado com NPT não mostrou diferença significativa comparada com o grupo que não recebeu a NPT. Contudo algumas lesões foram significativamente mais frequentes no grupo que recebeu a NPT. Portanto ficou evidente pela analise multivariada que a prematuridade e o tempo de internação foi fatores importantes na sua origem. Apenas a fibrose esteve relacionada de modo independente com o NPT. Como todos foram submetidos à ventilação mecânica durante a internação, certamente esta teve duração maior nesse grupo. A elevada prevalência de microtromboembolismo pulmonar nessa amostra pode estar relacionada à condição clinica que levou a criança ao tratamento intensivo, especialmente sepse; a interação entre drogas com a nutrição parenteral, favorecendo a precipitação de lipídios; o trauma devido à massagem cardíaca externa, levando à embolização de medula óssea; e à presença de caráter venoso profundo. Todos os paciente foram