Responsabilidade Ambiental

GOVERNADOR VALADARES
2012

Sumário

A relação entre Ética e meio ambiente: as principais concepções filosóficas e cientificas sobre a relação do homem com a Natureza.
Os filósofos gregos da Antiguidade afirmavam que o mais próprio do homem é a polis. Ser humano é ser político no sentido de que não há humanidade fora da sociedade humana. Ora, a sociedade é projeto de humanização do humano. Um projeto de realização do que há de mais peculiar em cada um de nós. Como, então, não pensar nos princípios, nos fins, nos valores que subjazem às relações sociais?
Efetivamente em sociedade, não vivemos de forma egoísta e tampouco altruísta. Vivemos uma espécie de descentralização negativa, alienação. Neste contexto, é difícil pensar a constituição axiológica das comunidades humanas. Mas como fazê-lo senão a partir delas. Pode-se pensar que uma ética só poderá ser pensada fora dos contextos sociais. Mas isto não é possível. Então, o que fazer? Deixar de pensar? Também isto não é possível. Ao contrário do que se possa imaginar; não pensar o arcabouço de valores que sustentam as sociedades humanas é mais difícil que pensá-los. Prova disso é todo o conjunto de dificuldades que estamos encontrando na manutenção da nossa sobrevivência nas mais diversas regiões do globo terrestre. Não é fácil fugir de si mesmo! A única saída para a espécie humana é pensar a sua própria condição, as suas próprias mazelas.
Um equívoco que está relacionado à natureza política dos seres humanos é a crença de que a principal referência para o cuidado do ambiente são as gerações futuras. É muito interessante o apelo a um passado de equilíbrio ambiental ou a um futuro mais equilibrado que o presente. Mas esta estratégia está equivocada.
O sentimento de pertença em relação a uma sociedade, a uma polis que trazemos conosco e que subjaz à natureza humana está fundamentado em um sentimento de pertença ao ambiente em que estamos inseridos.
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