Justiça Distributiva

INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo destacar o estudo do princípio de Justiça Distributiva em Aristóteles.
A Justiça Distributiva se baseia na ideia da “equidade”, que seria para ele – Aristóteles – o “instrumento capaz para se construir justiça”. Ele a compara a uma régua flexível ajustável às irregularidades do objeto – a Régua de Lesbos.
Flexível, a equidade não mede só o que é normal, mas também as variações inevitáveis da natureza humana – “A régua adapta-se á forma da pedra e não é rígido, exatamente como o decreto se adapta aos fatos” (Aristóteles).
O termo da Justiça Distributiva hoje é usado amplamente para se referir à distribuição de todos os direitos na sociedade, ou seja, bens positivos (renda, liberdade, cargos políticos) ou negativos (punições, sanções, penalidades) na sociedade sem distinção de raça, sexo e classe social. Esse fim só é alcançado com a prática da justiça, com o fazer o que precisa ser feito e com o compartilhar com os nossos semelhantes.
A Justiça Distributiva é explicada na Ética Á Nicômaco, como aquela que se aplica na repartição das honras e dos bens da comunidade, segundo a noção de que cada um perceba o proveito adequado à seus méritos. Contudo, artificialmente de um modo metafórico, significa sua realização através de um critério de Progressão Geométrica.
1. CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL E GEOGRÁFICO
Em início, o contexto-histórico-cultural ocorre justamente com o Platão, visto que foi discípulo seu. A contribuição pré-socrática estava voltada para a problemática fisiológica (tivera como objeto o conhecimento da natureza e do ser enquanto submetido á ordem mundana e dentro de uma estrutura composta pelos elementos que compõe o mundo físico). No pensamento aristotélico há uma transição da concentração dos esforços intelectuais pautado na natureza para o antropológico. Nesta ruptura com a doutrina vigente até então, foi considerado o ser metafísico e assim esta filosofia se entrelaça a um conjunto de preocupações de