História

Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Disciplina: Introdução aos Estudos Históricos | CHAUÍ, Marilena. “O Século de Péricles” (In Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles). São Paulo; Cia das Letras,1998. | 136 | Neste trecho a autora explica que “o século de Péricles” não é exatamente o período de cem anos, mas sim o período democrático de Atenas que se passou antes da Guerra do Peloponeso, foi um período de consolidação da cultura que já vinha sendo adaptada antes mesmo de Péricles. | 137 | Explica que a tragédia é um gênero poético que deu origem ao teatro, que teve origem nos cultos religiosos a Dionisos. A tragédia se passa em dois espaços. O palco onde os atores ficam encenando falando em prosa representando heróis e heroínas, e o coro, onde fica um grupo de pessoas que não são atores, eles narram em versos o que esta se passando no palco. A tragédia é vista como uma instituição social que em seu primeiro aspecto foi apontado por Vernant. Não somente como uma manifestação literário-teatral, mas por serem apresentadas em festas cívicas, pelo coro ser formado por um colégio de cidadãos, por ser a cidade quem financiava a escrita e a apresentação das peças e por fim por ser uma reflexão sobre o nascimento da democracia. A tragédia tem como personagens deuses e personagens do mundo aristocrático e se tem como objetivo demonstrar as diferenças do passado aristocrático e o presente democrático. As cenas que se passam no palco são crimes sangrentos e brutais impostos pela antiga lei aristocrática, onde diz que um crime sangrento deve ser vingando com outro crime sangrento. | 138 | Nessa página existe uma continuação sobre a relação de crimes com a lei da aristocracia, onde diz que ‘’ a lei de uma sociedade aristocrática é a vingança sem fim’’. As tragédias costumavam ser escritas em trilogias, sendo que na terceira peça os deuses decidem que é melhor os próprios