Historiografia brasileira

Introdução Sendo a História uma representação, dos processos de vida do homem em sociedade no tempo, em uma narração desta série de acontecimentos através das práticas de historiadores, enquanto sujeito que constrói e narra fatos, ações, pensamentos, entre outras coisas, no tempo e no seu tempo. Partindo desta discussão podemos conceituar Historiografia sendo o estudo histórico e crítico acerca da história e dos sujeitos que a escrevem. Esse conhecimento sobre a história se produz social e historicamente, entretanto as sociedades possuem ideias e concepções diversas umas das outras. A Historiografia não é algo universal e a sua escrita atende demandas advindas do seu espaço, tempo, cultura e sociedade, ou seja, fundamental para a construção de identidades sociais. Ela é dotada de intencionalidades e objetivos explícitos e implícitos para especificar e diferenciar uma cultura, sociedade e nação. Adentrando na realidade da historiografia a discussão acima é extremamente relevante durante a gênese dessa procura de identidade nacional e de um saber próprio brasileiro sobre a sua História.

A Historiografia: Breves Comentários Observando as discussões feitas acima, referindo a História enquanto as ações e as práticas vividas pelo ser humano na concretude, incumbe-se a historiografia uma reflexão sobre essa produção feita pelos historiadores, suas obras e seu conhecimento histórico. Sobre essas reflexões é necessário ter em observância as próprias circunstancias históricas dessas produções: “a conexão entre autor-obra-meio, ou seja, a sociedade” (ARRUDA, 1999, p.11). Perante essa afirmação é perceptível que o indivíduo, seja ele historiador ou não, só existe enquanto pano de funde de uma comunidade. Tarefa complexa compreender os universos simbólicos e suas respectivas significações que compõe e definem as sociedades, há dois planos em que a história encontra-se: “o das práticas dos sujeitos e suas significações e o da realidade objetiva” (ARRUDA, 1999,