Herança das revoluções

Conhecidas como “Revoluções Burguesas”, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa são consideradas marcos históricos mundiais. Durante esse período desenvolveram-se novas formas de pensamento e de organização das sociedades até então existentes. Ao relacionar essa dupla revolução tem-se uma relação intima entre ambas: assim como a Revolução Francesa mudará a “cara” da politica, a Revolução Industrial influenciará no âmbito econômico. Movidas por diferentes causas, ambas constituíram para a implantação de um novo modo de produção presente até a atualidade: o capitalismo.
Em um primeiro momento, faz-se necessário atribuir um significado para a palavra revolução Trata-se de um termo usado para expressar períodos de grandes transformações, sejam elas politicas, econômicas ou sociais. Não se trata apenas de cortar a cabeça do rei (como no caso da Revolução Francesa), mas substituir toda a estrutura de poder vigente.
A Revolução Industrial foi o pontapé inicial para uma série de transformações sofridas no mundo a partir do século XVIII. A Inglaterra foi o primeiro país a industrializar-se. Muitos foram os fatores responsáveis por esse pioneirismo. Entre eles, o fato de ter sido esse o país que mais acumulou capitais durante a fase do capitalismo comercial (entre os séculos XV e XVIII). Graças ao seu poderio naval e comercial, conseguiu formar um dos maiores impérios coloniais da época. E, apesar do déficit na educação inglesa, os conhecimentos adquiridos foram mais do que suficientes para o desenvolvimento das primeiras máquinas industriais. Representa uma fase de “economia industrial amadurecida”, na visão de Eric Hobsbawm em seu livro A Era das Revoluções. Esse fato trouxe expressivas mudanças, de ordem tanto econômica como social, que possibilitaram o desaparecimento de resquícios do feudalismo ainda existentes (poder descentralizado; economia fragmentada; leis orais baseadas nos costumes; o Mercantilismo, cujo objetivo era fortalecer os Estados Absolutistas) e