Globalização: grandes projetos e privatização da gestão urbana

Há algumas décadas em cidades europeias grandes projetos urbanos por iniciativas privadas têm sido considerados em seus planejamentos, devido ao impacto que os mesmos trariam para seu desenvolvimento. Na América Latina e especialmente no México, desde os anos oitenta, tem ocorrido uma crise de planejamento urbano junto com as tentativas de privatizar este setor, por conta de grandes projetos da época. No México, como em outras cidades da América Latina, surgiu uma operação para transformar a gestão das cidades, priorizando a visão de negócio. A idéia foi adotada em países desenvolvidos com base no sistema capitalista, onde pensava-se que a junção de iniciativa estatal e privada era algo positivo, resultante de um coorporativismo entre desenvolvimento urbano e economico pois as despesas, quando divididas entre governo e indivíduos, representavam um fluxo de dinheiro internacional.
Uma gestão urbana empresarial se entede como parceria público-privada, que possui uma base essencialmente especulativa, enquanto seu foco de atenção é muito mais voltado para a economia do que para o território em si. As quatro condições básicas do negócio de gestão urbana são:
a) A exploração das vantagens específicas para a produção de bens e serviços.
b) Aumentar a competitividade da divisão espacial do consumo
c) O controle das transações financeiras mais importantes
d) Concorrência para o superávit do governo central.
Os termos deste tipo de gestão definem certos limites que conduzem a desigualdades entre as cidades. Assim, nós encontramos em um mesmo país cidades mais urbanizadas e desenvolvidas do que outras.
Lungo em sua abordagem fez uma comparação entre o modelo de desenvolvimento da época, baseado na substituição de importações e dos tempos modernos (meados do século XX), afirmando que as políticas do Estado em relação ao que era o planejamento urbano tinha duas características essenciais:
a) caráter altamente regulamentar
b) Cobertura Global
Ao contrário das