Filosofia política de nicolau maquiavel
“É necessário a um príncipe para se manter que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade.”
Costuma-se atribuir a ele um papel de traiçoeiro, hipócrita e fingidor, pois querem transferir seus ensinamentos políticos à vida cotidiana. Não levam em conta o fato de que a política deveria desvincular-se das doutrinas cristãs, em prol da unificação italiana. Toda sua obra gira em torno disso. Ele procura buscar a consolidação da nação italiana, e para isso, propõe uma política diferente da vivida nos tempos antes dele. Por isso sua obra gera tanto impacto, propõe uma nova forma de governo jamais vista antes. No período da Grécia antiga, o governante deveria ser guiado por uma ética incontestável. No período medieval, deveria seguir virtudes cristãs. É nisso que constitui a originalidade de Maquiavel, ao romper com os quadros teóricos de então. Entretanto, para conhecer Maquiavel e sua obra, precisamos conhecer o contexto em que viveu esse grande pensador da renascença italiana, e é o que faremos.
CONTEXTO
No contexto de Maquiavel a Itália vivia uma situação de instabilidade, como um dos únicos territórios ainda não constituídos como nação. Vivia-se uma crise constante de disputas entre os membros da nobreza e as famílias mais influentes para a conquista do poder. A ilegitimidade do poder gerou uma constante desavença dentro da classe dominante na Itália, que dificultou a consolidação do Estado. A desordem ficara incontrolável. É nesse contexto que entra a “receita” de Maquiavel. Um verdadeiro manual de instruções que ensina como deve ser o proceder do príncipe que unificará sua amada Itália. Mesmo que isso signifique passar por cima de