Fases do desenvolvimento tecnológico e suas implicações nas formas de ser, conhecer, comunicar e produzir em sociedade
FASE DA INDIFERENÇA: segundo Lemos essa fase é marcada pela “mistura entre arte, religião, ciência e mito” e compreende o período histórico até o fim da Idade Média
a) Conhecimento: dom concedido por Deus, reconhecido através da tradição e disseminado oralmente por meio da criação de mitos e da consagração desses mitos em rituais;
b) Autoria: os textos eram resultado de inspiração divina e, portavam, não indicavam autoria humana;
c) Educação: os primeiros processos educacionais eram informais, dentro da família e/ou com os sábios da comunidade – aprendizado para subsistência. Em seguida, formulase um modelo de educação voltado para a membros do clero e liderada também por pessoas relacionadas à Igreja;
d) Economia: subsistência garantida pela força do trabalho humano (força bruta), posse e exploração da terra, cobrança de impostos (monarcas e donos de terra que arrendavam) e troca de mercadorias entre produtores;
e) Metáforas Usuais: céu, cruz e totem representando a supremacia das forças sobrenaturais; trevas fazendo referência à crítica iluminista a respeito do obscurantismo medieval; e, por fim, espada que representava o poder da nobreza e a hegemonia da força bruta na resolução de litígios;
FASE DO CONFORTO: marcada pela dessacralização da natureza, que passa não mais a ser cultuada como reflexo da vontade divina e torna-se objeto de transformação e exploração.
Nesta fase a ciência passa a ocupar o lugar deixado pela religião, como consequência do
Iluminismo e das revoluções da modernidade.
a) Conhecimento: busca pela verdade científica; ciência e progresso caminham juntos
b) Autoria: a autoria passa a ser nominal, pois indica um discurso particular e a responsabilização por aquilo que se escreve; cria-se a noção de direitos autorais como prerrogativa para a propriedade intelectual;
c) Educação: