Farmacos Novos E Necessidades Do SUS
BRASIL
NEW DRUGS AND THE BRAZILIAN UNIFIED HEALTH SYSTEM NEEDS
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Carlos Cézar Flores Vidotti ; Lia Lusitana Cardozo de Castro
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1 Farmacêutico, mestre em Farmacologia, doutor em Ciências da Saúde. Gerente Técnico do Centro Brasileiro de
Informação sobre Medicamentos (CEBRIM/CFF), Conselho Federal de Farmácia.
2 Farmacêutica, mestre e doutora em Saúde Pública. Presidente do Conselho Diretor da SOBRAVIME – Sociedade
Brasileira de Vigilância de Medicamentos.
Correspondência: Carlos Cézar Flores Vidotti (vidotti@cff.com)
RESUMO
Confrontar os medicamentos novos lançados no mercado com as doenças que mais provocam mortalidade no Brasil para identificar se a necessidade de tratamento farmacológico é suprida e, por outro lado, esclarecer se há medicamentos novos desnecessários. Identificar iniciativas nacionais de pesquisa e desenvolvimento de fármacos e medicamentos. Levantamento em bases de dados de medicamentos, informações sobre mortalidade providas pelo SUS e pesquisa dirigida na literatura. Há políticas públicas em número crescente no país referentes ao acesso a medicamentos e a pesquisa e desenvolvimento de fármacos e medicamentos, mas os medicamentos novos lançados no mercado brasileiro se ajustam de forma rudimentar às necessidades de saúde pública de tratamentos farmacológicos. Assim, há doenças, como as cardiovasculares, que têm grande quantidade de medicamentos novos lançados e, outras, como hanseníase, para a qual não há tratamentos novos. Adicionalmente, a inovação terapêutica dos medicamentos novos é muito pequena, da ordem de 30%, em flagrante contraste com o esperado para medicamentos novos. São recomendadas políticas públicas para pesquisa e desenvolvimento de fármacos e medicamentos. Essas deveriam incentivar o aproveitamento das iniciativas de pesquisa e desenvolvimento de fármacos e medicamentos já existentes e estimular pesquisadores, instituições e empresas a introduzir medicamentos novos