Estudante
Embora sejam formulados para prevenir, aliviar e curar enfermidades, os produtos farmacêuticos podem produzir efeitos indesejáveis, maléficos e danosos. Essa dualidade, às vezes trágica, é significativa para a saúde pública e torna a farmacovigilância atividade indispensável à regulação sanitária em qualquer país. A farmacovigilância protege as populações de danos causados por produtos comercializados, por meio da identificação precoce do risco e intervenção oportuna.
O novo conceito da farmacovigilânciaPara a Organização Mundial da Saúde, a farmacovigilância é ciência e atividades relativas a identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou qualquer problema possível relacionado com fármacos (1). Esse campo de atividade tem se expandindo e, recentemente, incluiu novos elementos de observação e estudo, como: * plantas medicinais; * medicina tradicional e complementar; * produtos derivados de sangue; * produtos biológicos; * produtos médico-farmacêuticos; * vacinas.
Além das reações adversas a medicamentos, são questões relevantes para a farmacovigilância: * desvios da qualidade de produtos farmacêuticos; * erros de administração de medicamento; * notificações de perda da eficácia; * uso de fármacos para indicações não aprovadas, que não possuem base científica adequada; * notificação de casos de intoxicação aguda ou crônica por produtos farmacêuticos; * avaliação de mortalidade; * abuso e uso errôneo de produtos; * interações, com efeitos adversos, de fármacos com substâncias químicas, outros fármacos e alimentos.
Programa da Organização Mundial da Saúde
Após o desastre causado pela talidomida em 1961, a segurança no uso de medicamentos se