Exercicio Estefania Historia Cultural

Aluno: Felipe Eugênio de Leão Esteves
Disciplina: Cultura e Representação
Professora: Estefânia Knotz Canguçu Fraga
Data: 09/04/2015

I – História Cultural
A História cultural e todas suas vertentes de estudos e objetos passam a ser moldados, enquanto modalidade dentro da historiografia, durante todo século XX. Seria impreciso e leviano relegar suas formas de análise histórica e seus objetos de investigação a uma comunidade intelectual ou mesmo a um indivíduo apenas. Mesmo que aqui venhamos a citar pesquisadores e comunidades que se aprofundaram nesse campo historiográfico, sempre há de ficar de fora matrizes ideológicas e sujeitos que influenciaram métodos em seu discurso. De certo da não generalização, nem do aprisionamento de sua fagulha inicial a quem quer que seja, podemos citar sujeitos e comunidades em destaque no estudo da cultura no tecido histórico.
De início pode-se dizer que a História cultural foi catapultada enquanto campo de estudos como contraponto a duas vertentes claras da historiografia: o marxismo e os Annales. Embora esses contrapontos não representem “uma ruptura completa com as matrizes originais”, portanto, “foi ainda de dentro da vertente neomarxista inglesa e da história dos Annales que veio o impulso de renovação, resultando na abertura desta nova correte historiográfica e que chamamos de História Cultural ou mesmo Nova História Cultural” (PESAVENTO, 2012: 10).
A História cultural é uma modalidade da História que investiga como uma realidade social é constituída e lida. Essa nova forma de aferição do correr histórico começa a influenciar pesquisadores no fim do século XX e se sobrepõe ao que propunha a história das mentalidades e ao olhar quantitativo da história serial. Aos novos objetos atendidos pela História, a história das mentalidades aplicou a inteligibilidade vista na antiga história social e econômica, o valor da longa duração, a divisão social “que organizava imperativamente a classificação dos factos de mentalidade”