Economia

3279 palavras 14 páginas
Em 1993/94, o Brasil vivia um dos piores momentos de sua História, seja do ponto de vista econômico, seja político, social ou institucional. Depois de duas décadas de autoritarismo, a Nova República, que havia surgido como grande esperança de solução para todos os anseios acumulados por uma sociedade sofrida, calejada e desejosa de dignidade e prosperidade, frustrara um a um todos os sonhos acalentados por 21 anos.
O movimento das “Diretas Já” deu em nada. O Colégio Eleitoral, que oferecia Tancredo Neves como grande nome das oposições, brindou o país com José Sarney, oriundo das lides apoiadoras do extinto regime militar. Na sequência, com a bandeira de “Caçador de Marajás”, Fernando Collor emergiu como nova esperança de seriedade e probidade. Terminou melancolicamente em impeachment por corrupção. O Congresso Nacional via-se engolfado por ondas cada vez maiores de desvio de recursos públicos, redundando em CPI como a dos “Anões do Orçamento”.
Enquanto isso, um dos pilares de qualquer nação, sua moeda, era desmoralizado, vilipendiado, esgarçado, perdendo totalmente sua função de reserva de valor e meio de troca, funcionando, ao contrário, como um dos mais eficientes e cruéis meios de acumulação de renda, aprofundando a nossa já absurda desigualdade social. Governos e estatais driblavam suas notórias ineficiências graças à especulação financeira. Os ricos, que tinham conhecimento e meios para atuar na jogatina especulativa, ganhavam muito dinheiro com a inflação descontrolada. A classe média mal e mal conseguia não perder, fazendo suas pequenas e prudentes aplicações financeiras. Quanto aos pobres, assalariados e trabalhadores em geral, estes eram inapelavelmente esfolados mensalmente em 30% a 40% de tudo o que ganhavam, sem condições de lutar contra o dragão da maldade inflacionária.
Plano Real
O Plano Real foi concebido originalmente como um programa dividido em três fases: a primeira promoveria um ajuste fiscal que gerasse “equilíbrio das contas do governo,

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