Economia Brasileira
As medidas políticas adotadas no mandato de Fernando Henrique Cardoso em meados de 1995 foram influenciadas pelas condições da economia externa e pelos desequilíbrios internos. A crise do México que estava em curso levou este país a uma drástica desvalorização e consequências sentidas também pela economia argentina, o que começou a alimentar a suspeita de que regimes de cambio rígido poderiam ser confiáveis e de que o Brasil pudesse ser o próximo país a ser afetado por uma crise similar. Além disso, no Brasil havia pressão inflacionária, economia superaquecida e deterioração rápida do balanço de pagamentos. Em marco de 1995, as autoridades reagiram com um conjunto de medidas fiscais, cambiais e monetárias.
Devido ao crescente aumento das importações, o governo desvalorizou o real em torno de 7% e estabeleceu o sistema de bandas cambiais. Era um sistema misto entre a taxa de cambio fixa e a flutuante, com uma paridade central e um intervalo de flutuação da taxa de cambio nominal, com valor máximo e mínimo determinado pelo Banco Central (que intervinha no cambio quando a taxa chegava a uma das extremidades). O objetivo desta política de taxa de cambio dentro das bandas com desvalorização era estimular as exportações e diminuir a dependência do capital externo.
A política monetária adotada foi restritiva, com a finalidade de atrair capitais externos, necessários para manter a ancora cambial e evitar um crescimento da demanda após a queda da inflação. O Governo diminuiu a oferta monetária e ofertou títulos da divida publica, forcando a redução da demanda por moeda para reduzir a inflação. Ao elevar a taxa de juros o governo atraiu dólares dos investidores estrangeiros e aumentou as reservas monetárias do país para financiar o déficit nas transações correntes, a taxa de juros interna era maior do que a externa.
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