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“A cultura da oferta”, subdivide-se em três partes, a primeira parte trata sobre o tipo de sociedade em que vivemos, em que o valorizamos exageradamente o consumo, que gira em torno de ofertas que geram uma satisfação temporária. O sociólogo direciona sua argumentação para a vigência de uma cultura totalmente distinta daquela protagonizada na fase sólida da modernidade, na qual as instituições sociais sobreviviam aos ciclos individuais de vida e na qual a formação do cidadão e o seu cultivo eram preconizados como importantes na estruturação dos estados nacionais. De outro modo, Bauman aponta para o predomínio de uma cultura em que prevalece a sedução – o engajamento rápido e flexível –, e para o debilitamento dos vínculos interpessoais nesse tipo de sociedade. Os pertencentes à sociedade do consumo possuem uma relação muito desprovida de apego, de determinação e fixação com as pessoas ao seu redor, com as coisas que adquirem, com o que gostam. Possuem uma facilidade incrível para desapegar-se, Esse tipo de cultura busca constantemente clientes a seduzir e não “pessoas” a cultivar, conforme coloca o autor. A felicidade é sempre encontrada com o ato de consumir e de se desfazer do que foi adquirido, pois este já é considerado obsoleto. Nesse ponto, utiliza-se de uma nova metáfora, o levantar e o lançar âncoras, em substituição de desenraizar e desencaixar, anteriormente utilizadas por ele: “... a metáfora da âncora capta o que escapa à metáfora do “desenraizamento”: o entrelaçar entre continuidade e descontinuidade na história de todas as identidades contemporâneas...”.
Ainda no mesmo capítulo, o autor disserta sobre dois importantes temas para a área da educação por meio dos subtítulos “novos desafios para a educação” e “a relação professor/aluno na fase líquido-moderna”. No primeiro, Bauman analisa a forma descompromissada de relação com o mundo com que a sociedade de consumo forja os sujeitos: “... é muito mais atraente o conhecimento criado para usar e jogar