diplomacia

A política externa dos Estados Unidos para Cuba no contexto da Guerra Fria

As relações entre os Estados Unidos e Cuba, assim como com todo o continente, “sempre foram complexas e implicaram negociações, interesses comuns, barganhas e jogos de força envolvendo ambos os lados” (VILLAÇA, P.67). A história de Cuba está estreitamente relacionada com a do seu vizinho do norte. Isso porque, em vários momentos ela esteve presente como tema central ou, muitas vezes, desequilibrante para a politica externa estadunidense. Logo, não dá para pensar a conduta desse país, sem relacioná-la com os cubanos. Numa clara relação polarizada. Isto é, uma até 1959, e outra posterior a ele. Percebe-se então, a longevidade desse vínculo. O interesse norte-americano pela ilha nasce no final do século XIX, mais precisamente, em 1898,quando os Estados Unidos participam diretamente da luta de independência de Cuba contra a Espanha, como aponta Ayerbe. Os norte-americanos acenaram com um forte efetivo militar, causando assim a rendição dos espanhóis. Nesse momento, aprofunda-se um laço entre esses dois países americanos. Já nesse período, Cuba passa a fazer parte dos planos imperialistas recém-consolidados pelo governo norte-americano para a América. Pois, a participação nessa guerra “serviu como trampolim para a dominação na América Central” (VILLAÇA, P.68).A partir disso, eles conseguiram a legitimidade necessária, partindo do princípio do monroísmo, para garantir presença em todos os países do seu interesse. No mais: o capital norte-americano invadiu diversos setores da economia cubana: agricultura , pecuária, mineração, infraestrutura, indústria petrolífera, serviços públicos, entre outros, além da principal atividade do país:A produção açucareira(SALATI,P.3)

Segundo Ayerbe, já no ano de 1898, os investimentos na ilha giravam em torno de 50 milhões de dólares. Esse número aumentaria significativamente em 1902 - 80 milhões de dólares - quando é